segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

MACACO BUGIO (Alouatta seniculus)


O bugio (também conhecido por guariba, barbado ou macaco-uivador) está entre os maiores primatas neotropicais, com comprimento de 30 a 75 centímetros. Sua pelagem varia de tons ruivos, ruivo acastanhados, castanho e castanho escuro. No caso da subespécie Alouatta guariba clamitans, os machos são vermelho-alaranjados e as fêmeas e jovens são castanho escuros. Ele é famoso por seu grito, que pode ser ouvido em toda a mata, e pela presença de pêlos mais compridos nos lados da face formando uma espécie de barba.
O Alouatta guariba é a espécie de bugio que habita a Mata Atlântica, desde o sul da Bahia (subespécie Alouatta guariba guariba) até o Rio Grande do Sul, chegando ao norte da Argentina, na região de Misiones (Subespécie Alouatta guariba clamitans). As duas subespécies constam na lista do Ibama como criticamente em perigo e vulnerável, respectivamente.
O desmatamento ameaça a sobrevivência dos bugios de diferentes maneiras. A mais evidente é a retirada da vegetação, o que restringe seus ambientes a pequenos fragmentos isolados.
Nasce em todas as estações do ano, depois um período de gestação de aproximadamente 140 dias.
Filho fica agarrado às costas da mãe durante os primeiros meses de vida.
Maturidade é atingida entre um ano e meio e dois anos.
Alimenta-se predominantemente de folhas, flores, brotos, frutos e caules de trepadeiras.

MACACO PREGO (Cebus libidinosus)



O macaco-prego é também chamado de "capuchinho", pela semelhança de sua pelagem com o capuz dos monges. É um animal muito hábil, que consegue abrir frutas de casca dura. para essa atividade ele usa pedras e pedaços de pau. São ferramentas rústicas, mas de rara utilização entre animais.
Inteligente e de mãos habilidosas, o macaco-prego é facilmente ensinado. adapta-se ao cativeiro, mas como é muito ativo, freqüentemente cria problemas. Nas matas e florestas da América do Sul, vive em bandos, cujo território pode invadir o de outros macacos. ele identifica os companheiros pelo cheiro, mas também usa outros sentidos. Passa a maior parte do tempo nas árvores, onde dorme e consegue alimento. Só desce para beber água ou atacar plantações na orla da floresta. O bando desloca-se continuamente, pulando de galho em galho. A cauda deste macaco não é preênsil. Quando ele se movimenta, mantém a cauda para cima, enrolada como um ponto de interrogação.

  
IRARA (Eyra Barbara)



A irara é também conhecida no Brasil pelo nome de papa-mel, porque esse é um de seus alimentos preferidos. Nos países de língua espanhola, que constituem uma grande parte de seus domínios, a irara é chamada "cabeza de cejo", que significa "cabeça de velho". Sem dúvida é porque o animal tem uma cabeça cinzenta sobre o corpo negro e também porque suas orelhas curtas e arredondadas lhe dão um ar "humano".
As iraras são ativas dia e noite, mas descansam nas horas quentes do dia. Vivem aos pares e costumam deixar marcas de cheiro nos galhos por onde passam. A irara ou era Barbara é considerado um animal carnívoro, pertencente à família dos mustelídeos e possui aspectos e características semelhante as fuinhas.
Seu comprimento na idade adulta pode chegar aos 60 cm, tirando sua longa cauda que mede aproximadamente 1 metro.

LONTRA (Lutra longicaudis)




Nome Cientifico: Lutra longicaudis
Nome Popular: Lontra
Classe: Mammalia
Ordem: Carnívora
Família: Mustelidae

Vive próximo aos rios onde busca alimentos como peixes, crustáceos, répteis e menos frequentemente aves e pequenos mamíferos. Vive em pequenos grupos formados geralmente por pai, mãe e filhotes. Passa a maior parte do tempo dentro d’água. Vem para áreas secas para comer, dormir e reproduzir. Possui hábitos noturnos. Sofre ação de caçadores que a procuram por causa de seu pelame que tem valor comercial. É encontrada em todo o Brasil.

  


GUAXINIM (Procyon cancryvorus)


 O guaxinim, também chamado de mão-pelada ou zorrinho (no Brasil), é um mamífero da família dos procionídeos bastante parecido com o mão-pelada, porém com as patas esbranquiçadas. Tais animais são encontrados nas Américas do Norte, Central e do Sul e também são conhecidos pelo nome de racum.

Ele dorme o dia todo e sai à noite para procurar comida. Ele persegue sua presa em águas rasas ou no chão, arranhando, virando e examinando de perto assim que a vítima é capturada. No entanto, ele só a consome se o cheiro for aprovado por seu apurado faro.
Em áreas frias, eles passam o inverno em tocas e buracos nas árvores. Apesar de dormirem profundamente, eles não hibernam, saindo de seu esconderijo assim que o tempo esquenta um pouco.

Os machos acasalam com muitas fêmeas, enquanto as fêmeas aceitam apenas um pretendente. Os machos, que quase sempre são pacíficos, costumam brigar entre si com muita ferocidade durante a época do acasalamento. Na primavera, a fêmea normalmente tem de três a cinco filhotes.

A pele do guaxinim continua a ser muito procurada e, por isso, o animal é caçado em grande escala.
  


JAGUATIRICA  (Leopardus pardalis ou Felis pardalis)


 A jaguatirica tem o corpo esbelto e musculoso. Os pelos são curtos e apresentam suave coloração de fundo amarelado ou pardo-acinzentado, com manchas pretas arredondadas, que podem apresentar-se como listas na parte superior do corpo. No ventre e nas patas a cor é esbranquiçada.

O adulto pesa até 15 kg e mede até 50 cm de altura, sendo considerado um felino de médio porte.

Alimentam-se de aves, répteis, roedores, coelhos, cutias, e pacas. Em cativeiro alimenta-se de carne picada e pequenos animais abatidos.

A idade mínima para procriação das fêmeas é de 18 meses e os machos começam à partir dos 15 meses. A fase de reprodução vai de setembro a novembro e a gestação dura entre 70 e 75 dias. Geralmente, nasce de 1 a 2 filhotes. A jaguatirica vive, em média, 20 anos.

A jaguatirica está atualmente ameaçada de extinção devido a caça predatória e a devastação de seu habitat natural.

  
PACA (Agouti paca)




Ela gosta muito de açucar . Mede 60 a 80 cm, mias 2 a e cm para a cauda, se peso é de : 6 a 10 kg . Possui dois pares de mamilos. Seu tempo de vida é de até 18 anos.

A paca é maior que a cobaia e tem pernas mais longas. Ela se caracteriza pelo seu pelame duro e eriçado, vermelho com manchas brancas. As pernas são fortes e terminam em grandes unhas afiadas. Ela possui quatro dedos nas patas dianteiras e cinco nas traseiras. Sua cauda é minúscula.

A paca é encontrada na América do Sul, desde a bacia do Orenoco até o Paraguai. Ela vive nas florestas tropicais, de preferência perto de um rio ou riacho. É boa nadadora e gosta da água, que é o local onde ela se refugia quando está em perigo. Sua toca tem muitas saídas de emergência, bem escondidas por folhas. A paca passa o dia na sua toca.

Ali, a fêmea tem suas ninhadas. São duas por ano de um filhote cada uma, Muito comilonas, as pacas passam a noite inteira em busca de alimento. Elas comem folhas, raízes e frutos caídos no chão. É um animal muito procurado pelos caçadores, não apenas porque causa grande prejuízo às plantações de cana-de-açúcar, mas porque sua carne é muito apreciada.

  
CAPIVARA (Hydrochoerus hydrochoeris)



A capivara pode ser encontrada em florestas úmidas e secas, pastagens próximas à água, do norte da Argentina ao Panamá. Seu peso é de até 60 kg. Cria de  4 a 6 filhotes por gestação

Sua pelagem é escassa e grosseira, acastanhada, com reflexos escuros e avermelhados. Tem quatro dedos nas patas dianteiras e três nas traseiras. Os dedos são unidos por uma membrana, o que faz dela uma ótima nadadora. É um animal silvestre que vive em grupo e tem hábitos noturnos. Anda sempre em fila, por trilhas fixas. Move-se com rapidez mesmo nos galhos mais finos das árvores. Quando no solo, salta e corre velozmente. Quando está parada, fica sentada, como o cão. A alimentação é quase exclusivamente de capim e prefere grama curta, já que possui dentes que permitem cortar as folhas e talos bem rentes ao solo. O adulto mede de 1,0 a 1,30 metro de comprimento e 50 centímetros de altura. Os filhotes podem ser vistos ao amanhecer e no fim da tarde, quando os animais são mais ativos. Podem viver até 10 anos.

Seus incisivos são gigantescos e medem, cada um, mais de 1 cm de largura, na superfície cortante. Os incisivos crescem sem parar e podem medir até 7 cm se não forem desgastados, coisa que a capivara consegue mordiscando pedras e troncos de árvore.

Vive em manadas e tem hábitos noturnos. De manhã descansa na sombra, à tarde gosta de nadar e à noite sai para alimentar-se. O grupo anda sempre em trilhas fixas, caminhando em fila, um com a cabeça sobre a anca do outro.
do habitat.

CUTIA (Dasyprocta  azarae)



Apesar da velha brincadeira de falar "paca, tatu, cutia não", a cutia não tem nada a ver com o tatu, que é um desdentado, enquanto a cutia é um roedor e com dentes muito bons. É para usar esses dentes que a cutia se senta nas patinhas de trás, segura as espigas de milho com as duas patas da frente, como se fossem mãozinhas, e come com gosto, girando a espiga.
Como a cutia é um bicho pequeno e uma espiga ou as castanhas que recolhe é muita comida para ela, costuma enterrar o resto do almoço, para comer mais tarde. Essa mania de enterrar as sementes é muito útil à natureza, porque, como a cutia esquece onde enterrou o resto do almoço, as sementes acabam brotando e se tornam árvores, o que faz desse bicho um reflorestador.
Muito arisca e assustadiça, a cutia geralmente só sai da toca ao escurecer ou de madrugada, mas como usa sempre o mesmo caminho, que acaba ficando limpo, o caboclo identifica o "carreiro" da cutia, sobe numa árvore e fica na espera, para matar a cutia, que tem carne saborosa. Apesar da caça ilegal, entretanto, a cutia não está ameaçada, porque é muito prolífica, o que significa que tem muitos filhos, substituindo logo as cutias que foram caçadas.
  
FURÃO (Mustela putorius)



O furão (ou ferret), cujo nome científico é Mustela putorius furo, é um mamífero quadrúpede e carnívoro pertencente à família dos Mustelídeos (mesma família das ariranhas, martas e lontras) e à ordem Carnivora. Trata-se de um excelente animal de companhia, bastante brincalhão e amistoso. O furão é também um bom nadador e um animal que sobe em árvores com facilidade. Quando bem cuidado e alimentado, este mamífero pode facilmente viver um pouco além de 10 anos.

Segundo alguns historiadores os furões foram domesticados pelos egípcios há mais de 2500 anos antes de Cristo (antes mesmo dos gatos) para controlar eventuais pragas de ratos no interior das residências. Este fato, porém, é muito contestado devido à falta de registros históricos convincentes. Sabe-se, no entanto, que, na época de Jesus Cristo, o furão já era um animal domesticado.

Este animal possui corpo longo (e bastante flexível), pernas (cujas patas têm 5 dedos) e orelhas bastante curtas, cauda longa e peluda com pelagem bem densa. Seu focinho tem forma de cunha com dentes bastante afiados, que conferem ao furão a capacidade de ser um predador de animais como pequenos roedores, por exemplo.

O furão é encontrado normalmente nas margens das florestas, vegetação arbustiva cerrada ou capoeira e, habitualmente, na beira de rios ou banhados. A distribuição geográfica do furão (no continente americano) se dá desde o sudeste do México até o Peru central e no sudeste do Brasil.

O peso médio deste animal, quando adulto, é de 400g até 2kg, seu comprimento, incluindo a cauda, oscila entre 35 e 60 cm e a puberdade começa depois de 250 dias. O furão atinge a maturidade sexual entre 8 a 12 meses (na primavera que segue seu nascimento) e a época de acasalamento acontece de março a setembro. A gestação dura de 40 a 44 dias e as crias nascem com peso entre 5 e 15g. Quando nascem, os filhotes são surdos, cegos e sem pelagem. O desmame ocorre entre 7 e 9 semanas.

QUATI  (Nasua nasua)



Os quatis pertencem a Ordem Carnivora, representado pela Família Procyonidae, que também inclui o guaxinim e o jupará. Vivem em áreas florestadas, onde passam muito tempo sobre as árvores, geralmente formando grupos de 04 a 20 indivíduos que percorrem as matas a procura de alimento, que consiste em pequenas aves, ovos, insetos, frutas, vermes ou larvas presentes no solo. Mas um macho com mais de 02 anos que não faça parte de um grupo pode tornar-se solitário, exceto no período reprodutivo

Apesar de possuírem hábito alimentar predominantemente frugívoro, há épocas do ano em que há escassez de frutas, e então eles aumentam a quantidade de alimento animal de suas dietas. Percorrem em torno de 1,5 a 2 km diariamente a procura de alimento. São animais diurnos, apesar de freqüentemente machos adultos praticarem atividades noturnas. O peso varia entre 3,5 a 6 kg, sendo os machos normalmente maiores que as fêmeas.

A época reprodutiva corresponde com o período máximo de abundância de frutas. Um macho solitário pode ser aceito em um grupo de fêmeas, mas com total subordinação a elas. As fêmeas se separam do grupo para construírem seus ninhos em árvores.
O período de gestação é de 10 a 11 semanas, nascendo de 02 a 07 filhotes que pesam cerca de 100 g e abrem os olhos depois de onze dias. Com 05 semanas os filhotes saem dos ninhos, e com 15 meses tornam-se adultos. Atingem a maturidade sexual com 02 anos.

  
GAMBÁ (Didelphis marsupialis)


NOME POPULAR NO BRASIL: Na Amazônia: mucura; na Bahia: suruê ou sarigüê; no Nordeste: cassac ou timbuo; no Mato Grosso e Paraguai: micurê e no resto do Brasil recebe o nome de Gambá.

Onívoro. Alimenta-se principalmente de frutos silvestres, ovos e filhotes de pássaros. Também visita galinheiros, causando imenso estrago.
Pode atingir 50 cm de comprimento sem contar a cauda, quase do mesmo tamanho.

Apresenta corpo maciço, pescoço grosso, focinho alongado e pontudo, membros curtos e cauda preênsil, bastante grossa, redonda e afilada, só peluda na base, tendo pequenas escamas revestindo a parte restante.

A fêmea possui um marsúpio bem desenvolvido, ao contrário de outros da mesma família, que só tem 2 dobras ventrais abertas.
PELAGEM: a cor da pelagem varia muito, indo do branco (animais velhos) ao negro (animais jovens) e passando por todas as tonalidades de cinzento e bruno intermediárias.

O termo popularizado gambá, originou-se da língua tupi-guarani, onde "gã'bá" ou "guaambá", corresponde a um seio oco, ou seja, uma referência ao marsúpio (característica única dos marsupiais, onde uma abertura ventral em forma de bolsa, abriga em seu interior, mamas, onde os filhotes nutrem-se e protegem-se durante parte de seu desenvolvimento). Quando os filhotes entram na bolsa têm só 1 cm e ficam lá dentro 70 dias, onde se desenvolvem e tem condições de enfrentar a selva. Constrói ninhos com folhas e galhos secos, em ocos de pau e buracos velhos de árvores.

O que pode marcar nessa espécie não são apenas as características físicas, mas um fato importante relacionado ao comportamento e fisiologia. Sendo mais exato nas palavras, seu famoso odor. O líquido fétido produzido pelas glândulas axilares é utilizado pelo animal como defesa, em caso de perigo iminente. Deixando seu agressor em estado complicado, o gambá consegue sair da situação rapidamente. Na fase do cio, a fêmea costuma exalar este odor para atrair, de forma mais poderosa, a atenção de eventuais pretendentes. atacante desista. 


TATU-PEBA (Euphractus sexcintus)
  
Esta espécie de tatu ocorre do Suriname e leste dos Andes até o norte da Argentina, passando por quase todo o Brasil. Mede em média de 40 a 95 cm cabeça e corpo, cauda com 12 a 24 cm e pesa em torno de 3.2 a 6.5 kg. A coloração predominante é o laranja e o marrom.

A maioria dos indivíduos possui pêlos em quantidade razoável que servem de proteção. Esta espécie tem a cabeça pontuda e achatada, e o corpo possui de seis a oito faixas que se movimentam. O escudo da cabeça é composto por uma grande placa anterior. Acima da base da cauda parece ter uma abertura para glândula odorífera, o odor característico do animal fica por todo lugar que ele passa. Todos os cinco dedos da pata anteriores têm garras, com a segunda sendo a maior.

No Brasil, em média, o tatu-peba ocupa territórios de cerca de 93 hectares. Sua toca é cavada com uma profundidade aproximada de 2 m, nos campos mais áridas que consistem seu habitat. Sempre defecam no mesmo lugar e do lado de fora da toca. A dieta consiste em plantas e insetos; são solitários, e abundantes em plantações, causando grandes prejuízos, pois se alimentam de brotos de milho e outras plantas. Vários acidentes ocorrem com cavalos por causa das inúmeras tocas, quebrando-lhes as patas.
Atingem a maturidade com 09 meses. A fêmea possui um tempo de gestação de 60 a 65 dias. Há relatos de um indivíduo em cativeiro que viveu até 18 anos de idade.


TATU-BOLA (Tolypeutes tricinctus)


O tatu-bola é o menor tatu brasileiro, o único tatu endêmico, isto é, que existe apenas no nosso Brasil e o mais ameaçado, porque, como não cava bem como os outros tatus, é mais fácil de ser caçado na região de seca, onde há pouca comida.
Para se defender, esse tatu se enrola completamente, formando uma bola, daí o nome popular, e o rabo e a cabeça se adaptam como num quebra-cabeça, protegendo o corpo do tatu, o que não o defende do homem, porém, porque fica fácil pegar a bola que é o tatu e enfiar num saco.
Por ser ainda muito caçado, o tatu-bola desapareceu em Sergipe e no Ceará, mas ainda existe na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte, nas regiões ainda despovoadas. Apesar de protegido por lei, esse animalzinho é caçado até dentro do Parque Nacional da Serra da Capivara e da Estação Ecológica do Raso da Catarina, áreas de conservação, onde no passado o tatu-bola existia em quantidade.
Para salvar essa espécie, os cientistas estão propondo estudos para criação em cativeiro e principalmente programas de educação ambiental para a população da área onde ainda sobrevive esse tatu. O problema é que esse bicho vive justamente na região mais pobre e carente do Brasil e, sem educação, nunca se conseguirá que um caboclo com fome deixe de pegar o tatu para comê-lo, se tiver oportunidade.

  

OURIÇO CACHEIRO (Coendou prehensilis)



Inofensivo e lerdo, o ouriço-cacheiro conta com uma perigosa arma para se defender do inimigo: tem o dorso totalmente coberto por espinhos que se destacam facilmente de seu corpo, espetando-se em quem quer que tenha a ingenuidade de atacá-lo. Com farpas afiadas, como arpão, o espinho penetra lentamente no corpo da vítima, chegando cada vez mais fundo. Por isso mesmo, a maioria dos animais evita o ouriço-cacheiro, que nunca precisa lutar. Se ameaçado, simplesmente eriça os espinhos e aguarda, tornando-se praticamente inatacável. Guarda toda a sua agressividade para os da mesma espécie, com os quais briga violentamente, usando espinhos e dentes.

O ouriço-cacheiro, que vive nas florestas da América do Sul, não deve ser confundido com os porcos-espinhos europeus e americanos, que pertencem a uma outra família de roedores. Muito freqüentes na fauna brasileira, estão adaptados para a vida nas árvores. Usam a cauda para prender-se aos galhos e mover-se entre as árvores. É à noite que o ouriço-cacheiro sai em busca de alimento: folhas e cascas de árvores, num tronco oco ou numa toca.



JARARACA  (Bothrops jararaca)



A jararaca (Bothrops jararaca) é uma serpente peçonhenta, que pertence a Classe Reptilia, à Ordem Squamata e à Família Viperidae (subfamília Crotalinae). Existem várias espécies de jararaca (no Brasil são 20 as espécies conhecidas), sendo que a Bothrops jararaca, aqui descrita, é também chamada de jararaca verdadeira.
Essa espécie atinge geralmente 1,2m, sendo que seu veneno é altamente letal para animais e seres humanos. Os desenhos e a cor dessa cobra proporcionam a ela uma excelente camuflagem.

É encontrada com mais freqüência em terrenos agrícolas, embora sejam também encontradas na zona urbana, onde encontram alimento com bastante facilidade. Têm como habitat natural a América do Sul, sendo encontrada principalmente no Brasil, na Venezuela e ao norte da Argentina.

As jararacas se alimentam de pequenos roedores, principalmente de ratos. Eventualmente fazem outras vítimas como batráquios (rãs e sapos) ou mesmo outros répteis (lagartos de pequeno porte). As jararacas têm hábitos noturnos.

Quanto a sua reprodução, alguns autores discordam da sua classificação. Para alguns biólogos, a jararaca é vivípara, já que dá a luz aos filhotes que já nascem desenvolvidos por completo, enquanto outros autores a consideram ovovivípara, alegando que na primeira fase da gestação, os filhotes se desenvolvem em estruturas como a das serpentes ovíparas.

Geralmente, nascem aproximadamente de 18 filhotes, sempre no início da estação das chuvas. Após algumas horas do nascimento, as pequenas serpentes já estão aptas a caçar, fazendo uso de sua cauda de cor amarelada clara para chamar atenção de suas presas em potencial, que são normalmente pequenos sapos e rãs.


JARARACUSSU (Bothrops jararacussu)


 Pode atingir mais de 2 m de comprimento. Possui dentes anteriores ocos (peçonhenta).

Terrestre, ativa durante o dia e à noite, preferindo matas conservadas e margens de riachos, lagoas e lagoas temporárias, se mostrando muito tímida ao contato com humanos, fugindo rapidamente em seguida. Alimenta-se de ratos, preás, rãs, sapos, pererecas, cuíca, filhotes de gambá, e muitos outros animais que encontra na floresta. É Vivípara, nasce de 12 a 20 filhotes.

O veneno produzido por uma jararacuçu adulta, por exemplo, é suficiente para matar 18 adultos. Em geral, as cobras podem dar o bote de uma distância equivalente a um terço do corpo. A exceção fica por conta da surucucu, que pode dar um bote de 50% dos seus 4,5 metros de comprimento. 

“Após ser picada, a pessoa pode procurar ajuda em até quatro horas. O mais importante é o que não se deve fazer, como garrotes e cortes no local da picada”, explica Machado. 

Segundo o pesquisador Aníbal Melgarejo, uma das espécies mais difíceis de se manter e reproduzir em cativeiro é a surucucu. No instituto, elas são mantidas numa área que reproduz seu habitat natural. Segundo ele, cada cobra tem suas características na hora de multiplicar sua espécie. Enquanto a jararacuçu é capaz de parir 48 filhotes com 6g e 25 cm, a surucucu, que é ovípara, põe ovos que vão gerar 15 filhotes muito maiores, com 50 cm e 60g.



JARARACUSSU (Bothrops jararacussu albina)


 Pode atingir mais de 2 m de comprimento. Possui dentes anteriores ocos (peçonhenta).

Terrestre, ativa durante o dia e à noite, preferindo matas conservadas e margens de riachos, lagoas e lagoas temporárias, se mostrando muito tímida ao contato com humanos, fugindo rapidamente em seguida. Alimenta-se de ratos, preás, rãs, sapos, pererecas, cuíca, filhotes de gambá, e muitos outros animais que encontra na floresta. É Vivípara, nasce de 12 a 20 filhotes.

O veneno produzido por uma jararacuçu adulta, por exemplo, é suficiente para matar 18 adultos. Em geral, as cobras podem dar o bote de uma distância equivalente a um terço do corpo. A exceção fica por conta da surucucu, que pode dar um bote de 50% dos seus 4,5 metros de comprimento. 

“Após ser picada, a pessoa pode procurar ajuda em até quatro horas. O mais importante é o que não se deve fazer, como garrotes e cortes no local da picada”, explica Machado. 

Segundo o pesquisador Aníbal Melgarejo, uma das espécies mais difíceis de se manter e reproduzir em cativeiro é a surucucu. No instituto, elas são mantidas numa área que reproduz seu habitat natural. Segundo ele, cada cobra tem suas características na hora de multiplicar sua espécie. Enquanto a jararacuçu é capaz de parir 48 filhotes com 6g e 25 cm, a surucucu, que é ovípara, põe ovos que vão gerar 15 filhotes muito maiores, com 50 cm e 60g.



URUTU DOURADO  (Bothrops alternatus)



Urutu (Bothrops alternatus) é um réptil ofídio da família Viperidae, a mesma da jararaca, cascavel e surucucu, que ocorre no Centro-Oeste e no Sul do Brasil, como também no Uruguai, Paraguai e Argentina. É classificada na série solenóglifa, quanto ao tipo de dentição, por ter as presas inoculadoras de veneno varadas por canais para a condução do veneno produzido em glândulas.
O alimento preferido da urutu, que corresponde à coitara dos índios, são preás e outros pequenos roedores. Freqüentemente encontrada em banhados e brejos, a urutu, que é ovovípara, produz em cada parto de 10 a 15 filhotes que já nascem bem desenvolvidos, embora ainda encerrados em membranas ovulares. A incubação dos ovos processa-se no interior do organismo materno.
Ágil nos botes e muito venenosa, a urutu chama a atenção pelo belo padrão que lhe adorna a pele: manchas em forma de ferradura dispõem-se em sequência sob o fundo castanho-escuro do dorso, enquanto a aperte inferior de seu corpo é esbranquiçada ou creme. Na cabeça há um desenho em cruz, donde os nomes de urutu-cruzeiro e cruzeira pelos quais ela também é conhecida.



URUTU CRUZEIRO (Bothrops alternatus)



A urutu, caracteriza-se principalmente pôr ser uma serpente bastante grossa, possuindo ao longo do corpo desenhos que se assemelham a uma ferradura ou a letra C invertida, no alto da cabeça nota-se um desenho similar a um Y invertido.
É uma serpente muito temida, sobre sua mordida, diz o dito popular: “se não mata aleija”, devido a ação proteolítica do veneno, ou seja, destrói tecido muscular.
É uma cobra rasuavelmente grande, chegando a medir até 1,60 metros, mas raramente ultrapassa 1,20 metros.
Possui hábitos crepusculares e noturnos, sendo assim sua visão não é muito útil, sendo utilizado na caça a fosseta loreal, para localizar a presa através do calor do corpo mesma, e da língua para rastrear a presa morta pela ação do veneno. Habita campos e outras áreas abertas e pedregosas.
Alimenta-se de mamíferos (roedores). Quando ameaçada, ocorre um achatamento de partes do corpo, faz movimentos rápidos e repetidos com a ponta da cauda, dá bote, incluindo mordidas e injeção de venenos, excreta fezes e outras substâncias odoríferas. Sua dentição é solenóglifa, isto é possuem presas canaliculares e curvadas para traz, situadas na porção anterior do maxilar móvel. É uma das maiores produtoras de veneno, chegando até a 380mg pôr extração.A Urutu-Cruzeiro é uma cobra grande, chegando a medir 1,70m, mas raramente ultrapassa 1,20m.
Como são de hábitos crepusculares e noturnos, a visão não é muito útil, sendo utilizado na caça 2 métodos principais:
1°- A fosseta loreal, para localizar a presa através do calor do corpo da mesma;
2°- A língua, para rastrear a presa morta pela ação do veneno.

Dizem que a Urutu-Cruzeiro quando pica, "se não mata, aleija". Não é bem verdade. O veneno da Urutu, é igual ao dos outros membros do gênero Bothrops. É perigosa e muito brava, como a maioria do gênero, mas como não gosta de encrenca, foge rapidamente quando perturbada.
O nome Urutu Cruzeiro deve-se ao fato de alguns indivíduos apresentarem um desenho em forma de cruz na cabeça, e também pelo formato interior de cada um dos desenhos em seu corpo conterem uma "cruz".

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